segunda-feira, 11 de julho de 2016

Meu PARÇA




Esse post é pra falar um pouco do meu parça, meu melhor amigo, um cara que tem caminhado comigo em algumas coisas muito loucas e que, até por causa disso, me sinto mais seguro em topar.

O mais engraçado é que nós temos um histórico muito parecido, de criação cristã rígida, de sermos mais tímidos, mais introspectivos, mas que também temos conseguido de uns anos pra cá (e nos permitido) acessar um lado mais louco, mais atrevido, mais saliente da vida e isso nos tem feito um bem danado! Ao mesmo tempo, temos também um lado doce, quase inocente (mas como diz a música da Ana Carolina, esse lado doce "quase ninguém vê"). Ele é um cara curioso, pragmático, inteligente, perspicaz, espirituoso, que vai buscar as coisas onde quer que elas estejam...

Então se a parada é com ele, eu tô pro que der e vier! Eu topo!
Courtney & Whitney

Uma das minhas bandas prediletas na década de 90 é o L7, ícone grunge que pra mim sempre foi muito mais um ícone lésbico! (e de verdade, eu nem sei se alguma delas é lésbica... tomara que sim, pq ali é pura testosterona, adoro lésbicas roqueiras... Donita, Suzy, Jennifer and Demetra.) Uma das melhores músicas do álbum Bricks are Heavy se chama "Monster" e ela diz muito o que essa amizade nesse momento significa pra mim!

O Mario traz pra fora o monstro que existe em mim! Sei que posso confiar nele, mesmo estando em um mundo tão maluco. Não precisamos procurar confusão, elas nos encontram facilmente... E sempre que preciso, ele está lá pra me amparar.
Come on over. It's getting late. It's time to fish. No time to cut bait. Ghoulish passion you inspire. With your kind of trouble I'll never tire. 
Monster (monster in me). Bring out the monster (monster in me). Monster(monster in me). Bring out the monster (monster in me). You bring out The monster in me. 
In a world full of disposable icons. All the jokers with the phony come-ons. I know I can depend on you. Cause when we're together, we're hurtin' crew. 
We don't need to look for trouble. My partner in crime, my insanity double. When life takes a turn from bad to worse. You're always there, my loveable curse.

Nós gostamos muito de um remix de Ghosttown feito pela Offer Nissim, é nosso hino de balada.


Semana passada eu disse a ele: "man, vamos eleger essa música o hino de 2016!" Ao que ele, de forma rápida e perspicaz me respondeu: "o ano ainda não acabou".

link de Monster ao vivo: www.youtube.com/watch?v=H1PoD-hawe8 

link para versão original do clip: www.youtube.com/watch?v=Reo4EHil2hI  

Amar! (por Florbela Espanca)

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

(Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)

A 1a estrofe reflete um pouco o meu atual estado de espírito e eu tenho tentado não me importar em me sentir contraditório. Tenho tentado não me importar de oscilar o desejo, de às vezes querer uma coisa e no momento seguinte querer outra diferente. 

O ano tem sido rico de experiências sensoriais, tácteis, químicas, sonoras... sempre em boas companhias, a do meu amigo em especial - my partner in crime! Mas não nego que às vezes também bate uma vontade de estreitar laços, de ter alguém com a cabeça recostada no seu peito, de fazer café da manhã e levar na cama pra ele... enfim... cuddle fellings...

Eu tenho tentado não agir em termos de oposição estrita - OU 1 coisa OU outra. Detesto pensar assim e me recuso a pensar assim (alguns talvez digam que isso é escapismo e recusa em ver o óbvio... que é simplesmente dificuldade em decidir... mas até prova irrefutável em contrário eu continuo na teimosia). De forma até um pouco errática, malabaristicamente, sigo tentando buscar tudo aquele que meu desejo pede, nada menos do que isso. 




Esse mesmo grande amigo ontem me escrevia: Mais um fds doido. Onde vamos parar?
Eu lhe respondi: Não sei. Mas tô gostando do caminho.